Assim como uma sociedade empresarial tem semelhanças com uma sociedade conjugal, o nascimento de uma empresa poderia ser comparado ao nascimento de um filho.
No meu livro “O Entregador de Sonhos”, publiquei o artigo “Princípios de Tarzan”, em que comparo a carreira profissional com as viagens de Tarzan de cipó em cipó pelas selvas hollywoodianas. Numa noite de junho ou julho de 1979, logo depois que larguei o cipó do CPD e estava em pleno voo esperando que o cipó da Digitel viesse a se materializar, cheguei em casa e a Bebel me recebeu com um bico na boca. Filho único, eu queria sim ter filhos (sim, no plural) e fiquei muito feliz com a notícia. Realmente, eu era muito confiante (talvez por ignorância ingênua) ou irresponsável e não fiquei nem um pouco apreensivo com a responsabilidade de criar um filho sem ter uma renda segura.
No início da tarde do dia 12/03/80, depois de trinta e tantas horas de indução infrutífera, o obstetra decidiu fazer uma cesariana. Acompanhei a operação. E assim nasceu o Felipe.
Quando fui vê-lo através do vidro do berçário, fiquei muito emocionado e desatei num choro de alegria e de alívio de toda a tensão que havíamos passado.
1980 foi um ano feliz.
Escrito por Jaime Wagner
Foto: 1980, Felipe, meu filho recém-nascido, e eu (Acervo/Jaime Wagner).








