No Brasil o ano só começa depois do Carnaval. Primeiro o bloco passa, depois o Brasil vai atrás.
Não é que o brasileiro trabalhe menos. O problema é que ele trabalha mal. Em 2018, o trabalhador brasileiro produziu em uma hora o equivalente a US$ 16,75, que corresponde apenas a 25% do que foi produzido nos EUA (US$ 67). Isso quer dizer que o brasileiro precisou trabalhar quatro vezes mais (horas, dias ou anos) para produzir a mesma riqueza que um americano. Comparado com Noruega (US$ 75), Luxemburgo (US$ 73) e Suíça (US$ 70), o desempenho foi ainda pior.
A pouca produtividade se deve a muitos fatores, mas um dos mais importantes é a baixa qualificação do trabalhador. Além do analfabetismo funcional de grande parte da população, mesmo nos extratos superiores a produtividade é mais baixa porque os hábitos de gestão do tempo do brasileiro não são eficazes. E não estou falando apenas do tempo do trabalho, mas na gestão da vida como um todo. A filosofia dominante no Brasil parece seguir a máxima de Zeca Pagodinho: “deixa a vida me levar”.
Um exemplo são as resoluções de fim de ano quando se tiram da gaveta os sonhos do ano anterior e se encaram as frustrações do ano que termina. Passadas as comemorações de Natal e Ano Novo, vêm as férias de verão e todos os planos são represados para iniciarem após o Carnaval. Um exemplo é o treinamento – embora fosse uma boa época para aprender, as pessoas querem mais é descansar, pois a cobrança é menor e até mesmo as rotinas ficam mais lentas no início do ano. Então, quando chega março, o brasileiro sai em busca do tempo perdido, acossado pelos prazos apertados, passa por cima da qualidade, dando um jeitinho aqui, negociando uma boa vontade ali, com aquela picardia que nos é tão cara e natural. Se mal consegue fazer o que dele se espera, obviamente não sobra tempo para os planos esquecidos na gaveta dos sonhos e das boas intenções do fim do ano.
Além das técnicas de organização da rotina de trabalho, o Método PowerSelf recomenda que, a cada ano, se escolham dois ou três projetos da gaveta dos sonhos. Então, a cada semana, se procure realizar uma ou duas pequenas ações diárias que encaminhem aqueles projetos de vida. Iniciativas para encaminhar projetos pessoais significam uma quebra com a rotina e, por isso são deixados de lado. Entretanto, estas iniciativas podem ser desdobradas em ações que não tomam muito tempo e que podem ser facilmente absorvidas na rotina.
Onde você encontra um livro que reúne todas essas técnicas e é a chave para você parar de procrastinar e focar nos seu projetos? Fácil: Clicando aqui.